Garota que confessou ter matado padrasto é liberada
A adolescente de 13 anos acusada de matar o padrasto, Antônio Igor Brito dos Santos, 32, prestou depoimento, ontem, na 5ª Vara de Execuções da Infância e da Juventude. O juiz Manuel Clístenes de Façanha e Gonçalves, titular do Juizado, decidiu pela liberação da garota. Ele considerou que, até agora, o crime foi praticado em legítima defesa.
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O juiz Clístenes considerou para a liberação, que o crime foi cometido em legítima defesa |

Reviravolta?
Na manhã de ontem, surgiu uma informação dando conta de que o ex-presidiário, executado com dois tiros, poderia ter sido assassinado pela companheira, que teria pedido à filha para assumir a culpa. O promotor Evânio Guedes, da Promotoria da Infância e Juventude do 1º Atendimento, disse que não recebeu tal informe, no entanto, ressaltou que, caso seja verdade, será um agravante na pena para a mãe.
Clístenes Gonçalves disse que os três depoimentos dados pela suposta atiradora foram muito coerentes. "Ela foi ouvida pela delegada da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), pelo promotor e por mim e não titubeou em momento algum, nem mesmo quando contou detalhes. Ela demonstra muitos sentimentos quando fala da violência que sofreu", afirmou o juiz.
Na presença do magistrado, a garota contou que, naquela manhã, o padrasto teria entrado no quarto em que ela dormia e lhe apalpou. Ela teria estranhado a ação porque ele nunca havia se insinuado. "No momento em que disse que iria violentá-la, ele teria apontado uma arma para a cabeça dela. No ato, o padrasto teria se descuidado da arma e, neste momento, a garota pegou e atirou. Ela disse também que, como ele chegou sozinho, imaginou que pudesse ter matado a mãe dela", disse Gonçalves.
O exame de corpo de delito atestou que a adolescente teria sido vítima de violenta agressão sexual, ocasião em que teria sido desvirginada durante o estupro. A adolescente e a mãe foram submetidas a testes residuográficos, que irão atestar quem de fato atirou.
A mãe disse que não fugiu, mas teria ido a uma delegacia registrar um B.O. contra o companheiro, por ter sido agredida por ele na noite anterior.
FONTE: Dário do Nordeste
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