Cerca de 50 centímetros de diâmetro. Isso foi o suficiente para que seis presos fugissem da Delegacia Metropolitana de Maracanaú - na Região Metropolitana de Fortaleza - na madrugada da última segunda-feira (14). Segundo o delegado titular, Flávio Lemos, no momento da fuga havia 3 policiais de plantão, entretanto eles só notaram a ausência dos detentos de manhã. A suspeita é de que o buraco tenha sido feito com instrumentos de ferro.
A Polícia Militar iniciou, desde ontem, buscas na região para tentar localizar os detentos. Antes da fuga, havia 22 presos nos dois xadrezes da delegacia - exatamente seis a mais do que a capacidade prevista. Ainda de acordo com o delegado, as fugas não são recorrentes no local. "Estou em Maracanaú há um ano e meio e essa é a primeira vez que detentos escapam", explicou.
Apesar disso, em uma rápida olhada pelo local é possível notar que a infraestrutura carece de melhorias. A condição dos xadrezes é precária, o ambiente é mal iluminado e o espaço é pequeno para o trabalho. O local passa inclusive por uma reforma para oferecer melhores condições de trabalho. Ainda segundo o delegado, as medidas são paliativas, já que está prevista a construção de uma nova delegacia para atender melhor às demandas da região.
Já na tarde de ontem, agentes penitenciários e policiais civis evitaram uma fuga em massa da Cadeia Pública de Caucaia, o ´Presídio da Cigana´. Um túnel, de aproximadamente 80 centímetros de diâmetro com dois metros de profundidade e dois de cumprimento, ainda em construção, foi descoberto embaixo de uma das camas da Cela Seis da unidade prisional.
Depois da descoberta, os 20 detentos que estavam no local foram distribuídos em outras quatro celas até que o buraco fosse fechado. A maioria deles responde a crimes de roubo e furto. A cadeia, que tem capacidade para 50 presos, abriga atualmente 103.
Facilidade
Segundo os policiais militares e agentes que fazem a segurança da cadeia, a construção é antiga o que facilita a escavação. Além disso, a umidade no solo e nas paredes por conta das últimas chuvas, facilitou o trabalho dos presos que usaram apenas colheres plásticas, um pedaço de pau e outro de ferro.
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