segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Para que "tantos Pm's" na Beira-Mar se a insegurança impera?

9/8/2010
Moradores e coopistas não se sentem seguros no calçadão da Avenida Beira-Mar, onde os ataques são constantes
Na Psicologia Ambiental, vertente da Psicologia que estuda e busca soluções para o homem em seu ambiente e moradia, o sentimento de cidadania é muito importante na ocupação dos espaços públicos e no bem-estar individual e coletivo.

Nos últimos anos, esta indicação da ciência tem ficado bastante complicada para os fortalezenses, cada vez mais apreensivos em transitarem nas ruas por conta insegurança, seja dos veículos que desrespeitam pedestres, seja dos larápios que surpreendem com assaltos. Moradores e coopistas da Avenida Beira-Mar, por exemplo, circulam abaixo-assinados com o propósito de que a Polícia Militar volte a colocar guaritas fixas na extensão do calçadão.

Já foram colhidas até o momento mais de 1.600 assinaturas, informou o coordenador do grupo Amigos da Beira-Mar, Tadashi Enomoto. Deste montante, aproximadamente 30% relataram ter sofrido um ou mais assaltos, enquanto faziam cooper matinal ou vespertino.

Residente em Fortaleza há 35 anos, Enomoto revela que os assaltos estão cada vez mais frequentes em todos os locais e na Beira Mar, então, tem surpreendido a todos. Os assaltantes, de crianças a adultos, levam celulares, gargantilhas, correntes de ouro e relógios. "Na maioria, esses assaltos não chegam ao conhecimento das autoridades, uma vez que as pessoas não fazem boletim de ocorrência".

Em uma hora, revelou, foram colhidas 230 assinaturas, para o propósito de deixar o local mais seguro para as atividades de esporte e lazer.

Segundo Enomoto, há horários em que a ausência total de policiamento submete os transeuntes a um risco maior, uma vez que os policiais só começam a aparecer após 6h30 da manhã. Neste horário, segundo ele, muitas pessoas já foram assaltadas ou correram grande risco. Ao assinar, uma senhora revelou que foi assaltada no sábado e saiu ferida.

Algumas pessoas saem de suas residências para uma compra rápida no supermercado e acabam retornando sem o produto, pois os ladrões fazem o "serviço" de limpeza, comentou outro morador da Beira Mar, o engenheiro civil Ricardo Lima Albuquerque, que se revelou bastante indignado com o pouco caso das autoridades quando à questão da segurança.

O engenheiro já foi assaltado duas vezes e, nas duas ocasiões, informou que estava com cordão de ouro por dentro da blusa, e mesmo assim os assaltantes tentaram tomar sua joia. "Na segunda, o garoto foi detido a tempo e mesmo assim chegou a machucar-lhe o pescoço.

ROSE BEZERRAREPÓRTER

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