Em pesquisas feitas até agora, estima-se que existam, no mundo, apenas cerca de 100 casos semelhantes a este
Nesta terça-feira (13), a criança que nasceu com quatro pernas no último dia 25 faz 19 dias de vida. O menino veio ao mundo no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e, segundo informações do jornal Diário do Nordeste, do abdômen dele se projetava uma pélvis atrofiada com membros inferiores completos. Ele foi submetido à cirurgia, no dia 30 de março, para corrigir o problema. Foram extraídos, no ato cirúrgico, os membros adicionais. O bebê segue na UTI neo-natal e já está sendo amamentado.
A mãe de 25 anos recebeu alta e também permanece no hospital. “Ela ficou desolada quando viu seu filho pela primeira vez, pensando que ele teria que viver com aquela anomalia por toda a vida. A notícia só foi dada no dia seguinte ao nascimento, quando ela e o marido foram chamados para ver o menino”, conta o jornal.
Agora ela se diz aliviada e feliz, além de grata a Deus por salvar o filho, que se submeteu a cirurgia em cinco dias de nascido. Ela informou que já tem outro filho pequeno e nunca usou nenhum tipo de droga ou bebidas alcoólicas.
Uma das dez anomalias mais raras
A ciência explica que trata-se de um caso raro de gêmeo parasita ou “fetus in fetu”. O fenômeno se deve a um erro genético na fecundação do óvulo, que, ao se dividir em duas células, não teve a segmentação adequada, o que fez com que um embrião se colasse ao outro.
O fenômeno é considerado, hoje, uma das dez anomalias mais raras. Trata-se de um exacerbo do caso dos gêmeos siameses (xipófagos). Dois gêmeos não chegam a se separar completamente e ficam unidos por alguma parte do corpo. Um deles cresce enquanto o outro atrofia e fica dependendo completamente do outro.
Em pesquisas feitas até agora, estima-se que existam, no mundo, apenas cerca de 100 casos semelhantes a este. No Ceará, foram três casos registrados no Hospital Infantil Albert Sabin, ainda de acordo com o Diário do Nordeste.
O HGF deve convocar uma coletiva para a imprensa nos próximos dias a fim de divulgar mais informações sobre o fato.
Redação Jangadeiro Online
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